segunda-feira, outubro 15, 2007

Silêncio


Semana passada ele andava com o coração nas mãos. Olhava as casas vazias a beira da praia e a areia sem pegadas, era baixa temporada. Pendurado sobre seu ombro uma guitarra sem cordas. Queria cantar sobre sentimentos e sonhos, sobre as paisagens que gostaria d desfrutar, mas as pegadas eram apenas suas e de mais ninguém. Num súbito d fraqueza deixou os joelhos tocarem a areia macia mas ainda assim incômoda. Grita como se fosse a última alternativa, nem o eco volta para lhe fazer companhia.



Hoje, a noite cai sobre seus olhos e ouvidos. Ele ainda sente a música tocando dentro do seu peito. Mas quando a noite cai a música deixa de fazer sentido e começa perder sua força. De tão escuro não sabe se está falando contra uma parede ou um abismo e continua andando até q quebre a cara na parede ou no fundo do abismo. A aparente inevitabilidade da quebra alimenta a falta de esperança d que é bem provável q o sol não virá.

Nenhum comentário: