sábado, julho 30, 2005

Um conto


Eu e o Thalles fomos escalar na quinta passada (28/7). Fazia um bom tempo q ñ ia p/ a rocha.
A primeira via eu mandei primeiro, depois foi o Thalles. Facinho, me enrolei um pouco no final por ter pego o caminho errado, mas nós dois mandamos na 1ª tentativa. Agora a 2ª via foi foda.
Nós fomos lá pro fundo, pois lembrava q tinha umas vias legais por lá. Eram 3 q eu conhecia, a do meio era legal. Eu tinha entrado nela uns 2 anos atrás sem conseguir passar da metade. Até onde eu tinha chegado da outra vez sabia q era fácil, então lembrei d uma amiga mandando o resto d via, Rubia Camarão (gente finíssima, saudade dela). Ta certo q ela foi campeã paulista, mas na hora nem passou pela minha cabeça q ela escala mil vezes + do q eu. Olhei p/ o Thalles e falei: -E aí, vamo encará?
E ele: -Só fazer coisa fácil ñ tm graça. Então vamo.
Fazia muito tempo q eu ñ guiava (explicação no dezenho), e nuca tinha guiado uma via próxima do meu limite. Ta certo. Eu sei q isso é meio vergonhoso p/ qm escala a 4 anos, e ainda + p/ um professor d escalada, mas agora q tenho um parceiro isso vai mudar.
O Thalles foi o 1º dessa vez, passou com um pouco de esforço por onde eu tinha parado da outra vez. Então eu pensei: -Aquela deve ser a parte + difícil, engano meu. Uns 2 metros p/ cima ele ñ agüentou e teve q se pendurar na corda p/ descansar. Depois d um tempo, quando entrou na via novamente, ficou tentando algumas vezes até q eu ouço um berro, tamanha a força q o cara tava fazendo.
Pensei: -Será q ta tão difícil assim ou ele ta fazendo uma graça?
Completada a via chegou a minha vez. Chego no meio da via (onde tinha parado antes) a única coisa p/ segurar era uma coisinha q ardia d tão afiada, a pontinha dos únicos 3 dedos q cabiam nela. Mais uns 3 lances complicadinhos acima, chego na parte foda. Até q p/ as mãos ñ estaria tão ruim se meus dedos ficassem fechados, mas p/ os pés estavam horríveis. Eu tava rodando, abrindo q nem uma porta, pronto p/ cair. Tentei uma outra posição, mas meus dedos ñ agüentavam +. Então olho p/ baixo p/ calcular a queda, aí fudeu tudo d vez. A última proteção estava a 1,5m produzindo uma queda d 3 metros. Sem contar q ñ era apenas uma queda vertical, mas antes eu iria rolar p/ o lado pela pedra. A adrenalina subiu tanto q não havia uma parte do meu corpo q ñ tremia. Olho p/ baixo e grito: -Puxa a corda q vou cair, vou cair, to caiiiiiinnnn. Dizem q a 1ª vaca é inesquecível. Depois d 15'min descansando tento d novo. Chego novamente no lance e penso: -Puta véio, ñ vou mandar d novo. Não, ñ posso pensar assim. Agarrei na proteção, subi o pé p/ apoiar numa coisa lisa, voltei a mão p/ a pedra e -huuuuurrrrrrraaaaaaaaahahahahaha mandei essa bosta. Caramba, agora entendi o berro do Thalles.
Eu sei q roubei, ñ valia ter segurado na proteção, + ñ teve jeito. Roubei e sou feliz.
E essa via ficou na minha cabeça até agora. Pensando no q deveria ter feito, se tinha outro caminho ou outro movimento. Provavelmente ñ vou esquecer até completar d uma só vez. Terça q vem já ta marcada, ela q me aguarde.

Obs:Quando o Thalles me mandar uma foto dele eu coloco aqui.

terça-feira, julho 26, 2005

Corpos

Título original: Inferno


"A expressão “nosso corpo nos pertence” tem sido uma das bandeiras centrais do movimento feminista desde os anos 1970. Ela expressa a vontade de autonomia das mulheres, de ter desejos e exercê-los sem o controle dos homens, de sua família, do Estado ou das instituições religiosas quetionando à imposição de padrões de beleza, de sexualidade e reprodução."¹

Título original: LO!Adolecente falando sobre sua cirurgia de implante d silicone: “meus pais não queriam deixar, mas o corpo é meu, não é deles”.¹

Quando eu li essa frase clássica, dita por muitos d nós antes d colocar um piercing ou d ficar horas em uma academia, me vem um pensamento na cabeça: Atualmente, será que nós temos uma real autonomia para decidir o que fazer com nosso corpo ou a única coisa que estamos decidindo é quem vai dominar meu corpo? Não quero pregar o individualismo, pois fazer o parceiro(a) feliz faz parte do relacionamento. A questão é, qual a motivação do parceiro para fazer você mudar (emagracer, pintar o cabelo, silicones, etc) e até que ponto posso mudar sem danificar minha essência. Conheço pessoas q seus piercings fazem parte da personalidade tanto quanto a forma d falar, por outro lado uma garota fez uma uma tatoo na perna p/ ficar parecida com determinada cantora e quando descobriu o q significava teve q gastar mais dinheiro p/ fazer outra por cima, q por sinal ficou ridícula.
Acredito q um dos grandes problemas é que quase todas as pessoas ñ sabem quem elas são, e acabam Título original: Edward´2assumindo certos personagens para serem aceitos com mais facilidade.
Quando penso em transformar-se em virtude d outra pessoa logo me vem a cabeça o momento da conquista. Nós nos transformamos para conquistar uma pessoa antes mesmo de saber quais os intereces do outro. Por vergonha de quem somos ou por medo de não conseguir. Nós procuramos nos encaixar nos padrões p/ sermos aceitos com mais facilidade, afinal d contas o q vendem é: ñ é nessessário pensar e o retorno é garantido.
Daí vem a grande sacada do mercado. Ele entra nesse espaço que deveria ser preenchido pela própria pessoa, quando descobrir quem é e o que outro(a) quer. Neste ponto o mercado descobriu uma mina de ouro, os adolecentes e a maioria dos jovens. Eles vendem padrões onde poucos se encaixam. Se muitas pessoas já estivessem dentro desses padrões não haveria pessoas para comprar os produtos. O que seria de toda a indústria dos emagrecedores, das academias se todas as pessoas fossem magras com glúteos e peitorais bem definidos. Não acredito q haja uma versão marqueteira do Dick Vigarista por tráz da criação d todos estes padrões, mas sim q o mercado se apoia em nossas fraquesas e medos.
Sem TítuloNão sabemos quem somos, somos inseguros para nos assumir ou temos medo de não conquistar a pessoa "perfeita" sendo quem somos. Nos transformamos para conquistar e quando o outro descobre quem realmente somos vem as decepções. Até q ponto eu, com 1,70 d altura preciso ter 45cm de braço ou lotar meu cabelo d gel fazendo uma onda graciosa em um topet estilo Ronaldinho, p/ os meus padrões isso seria o fim.

Conhecer a si mesmo e partir em direção ao conhecimento do outro é a grande aventura da vida.


O mercado tenta padronizar para ganhar dinheiro. Nos esquecendo que quem incentiva este mercado é o nosso medo de viver a vida.

Título original: O Beijo (segundo Rodin)
Obs: Não estou fazendo nenhuma apologia a obesidade. Pelo menos 20% p/ homens e 25% p/ mulheres de gordura corporal p/ manter a saúde.

1 - Miriam Nobre, "O direito das mulheres a seu corpo", site Rede Social.

Cliq nas fotos p/ ver os créditos e os contextos originais.

sexta-feira, julho 22, 2005

Rede 21 com Lillian Witte Fibe


Eu fiquei um tempo sem assistir TV. Tinha alguma coisa ruim nela q deixava uma faixa branca no meio da tela e o resto sem nada. A única coisa q estava nítida era o som, coisas d coisa velha. Quando minha mãe comprou outra TV, pela 1ª vez vejo o novo jornal da Rede 21 com Lillian Witte Fibe.
Sinceramente, eu pensava q era impossível existir um jornal d qualidade fora da TV Cultura. O Jornal da Band com o Nascimento até q dá p/ levar, mas ainda percebo uma opinião escondida além da demonstrada.
Os jornais da cultura são muito bons. Principalmente pq deixam bem claro quais são as suas opiniões, mesmo com reportagens imparciais (o q eu acredito ser muito difícil, mas eles conseguem). Além de seguir a risca seu compromisso público dando muita credibilidade. Mas de vez em quando a opinião contamina os conteúdos e a seqüência das matérias, não mostrando com muita clareza o outro lado da história, mas pelo menos a opinião é explícita.
Agora, o jornal da Lillian, é fora de sério. A proposta é fazer uma análise das notícias do dia de forma imparcial. Pelo menos nos três programas q assisti a equipe dela conseguiu. Muito conteúdo, bem explicado e fácil d entender sem o economês ou politiquês q só complicam a vida.
Confesso q sempre paguei um pau p/ ela, desde q apresentava o "Jornal do Globo". Ficava esperando até quase meia noite só p/ rever as notícias e entender melhor o q estava acontecendo servindo até d parâmetro p/ analisar a opinião, muitas vezes escondida, dos outros jornais. E também, é claro, por ter o prazer d ouvir uma mulher inteligente, charmosa, bonita e com muito conteúdo. Enfim poderosíssima.
Fico feliz pela volta dela a TV aberta.

terça-feira, julho 19, 2005

Frase da semana:
Na escalada "só o cume interessa".
Dita ontem pelo Miguel (meu colega d trampo) enquanto montávamos uma tirolesa.
Eta frase podre, hahaha!

Utopia Beatleniana

Nossa geração está tão carente de direções. Cada um por si e o resto q se dane. Estamos precisando de um novo sistema ideológico-político-econômico. Talvez, se olhássemos para a essência de todo o q há, tão bem cantada pelos Beatles, mudaríamos nossa direção patética.

All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need

Não sou nenhum perito em Beatles, mas eles mandaram bem na letra dessa música.

quarta-feira, julho 13, 2005

Além do paradigma


Eu tenho uma teoria. Alguns dizem que é loucura, outros acham buuuunitinha.

Acredito que um dia os cientista irão descobrir q o elemento básico de toda a existência universal, matérias orgânicas ou inorgânicas, pensamentos, todos os tipos d energias (luz, rádio, cinética...), é formada por apenas uma coisa, AMOR.
É claro q ñ é o amor na forma como o conhecemos, como um sentimento existente entre duas pessoas. Seria algo muito mais abrangente. Um conceito, uma nova fórmula matemática, algo além do paradigma. Algo q estabilizasse as reações químicas, q resolvesse as mais complexas equações matemáticas, q unisse a física quântica a Newton e a física cosmológica, q respondesse as antigas e ñ mais eternas questões da filosofia (de onde viemos, o q fazemos aqui, ser ou ñ ser, há algo de podre no reino da Dinamarca,...), q equilibrasse todas as economias dos países, equilibrasse as classes sociais,...
Se apenas aplicássemos o amor como o conhecemos hoje, em todas as esferas das nossas vidas, com certeza o mundo estaria bem próximo disso. Um exemplo é a família, se os pais amassem e demonstrassem isso aos filhos e estes retribuíssem da melhor forma possível quantos pessoas ñ estariam longe das drogas ou mesmo longe do álcool. Com poucos consumidores os traficantes ou as lojas ñ teriam o retorno necessário para viabilizar os negócios. Sem os traficantes, diminuiriam a corrupção dos policiais, os seqüestros, mortes em confrontos entre gangues rivais, policiais, acidentes de trânsito com motoristas drogados ou bêbados. Se existisse amor nas relações entre os políticos ñ existiria os mensalões, as bancadas, os favores, todos votariam nas propostas que realmente favorecem a nação e um Brasil mais justo fortaleceria a família enfraquecendo os traficantes, dimin... Ta vendo como tudo está ligado.
Imagine então se nós soubéssemos como utilizar a fórmula matemática do AMOR para calcular nosso salário. Se vc foi um bom funcionário com certeza seria reconhecido por isso. De alguma forma, q eu ñ sei como (minha mente é muito limitada p/ entender como isso funcionaria), o resultado da fórmula já conteria as variações da economia (pois é uma fórmula econômica tbm), o quanto vc realmente trabalhou (pois é uma fórmula q calcula esforço físico e intelectual tbm) e todos os benefícios q vc teria direito. Ou se um astronauta precisasse saber qual o melhor horário para sua volta a Terra ele usaria somente o cálculo do AMOR, ele ñ teria nenhum acidente e ainda por cima chegaria a tempo de dar um beijo de boa noite em seus filhos. Um cálculo q ñ permitisse de forma alguma trapaças, picaretagens, corrupção, e tantas outras formas de mau caratices.Tirei essa teoria do seguinte esquema: Eu acredito que foi Deus qm criou o Universo, como Deus é essencialmente amor, ele como todo exímio artista, colocou sua essência em seu trabalho.


Os créditos das fotos de cima p/ baixo:
aol.klickeducacao.com.br
www.mtm.ufsc.br
www.jet.com.br
www.net-uniao.com.br

segunda-feira, julho 11, 2005

Só para qurentes

Eu tava lendo a versão sacaneada da bíblia do site "jesus me chicoteia" (o link tbm tá na sessão d links) e lá tem uma versão muito loka da genealogia bíblica: "O meu pai era Lameque. Meu avô, Matusalém. O meu bisavô, Enoque. O meu tataravô, Jarede..."
Daí pensei em fazer uma versão crente da música do Chico Buarque.

sexta-feira, julho 08, 2005

Em algum lugar.

Cliq na foto p/ vê-la ampliada
Esta é uma música q fiz ontem a tarde. Não acredito q a banda q participo vai curtir.
Qm entender o q tá escrito aí eu dô um beijo.

segunda-feira, julho 04, 2005


Eu escrevi este quando ainda estava no 2º colegial (ensino médio). Tava sentado sem fazer nada e decidi escrever qualquer coisa. Quando terminei, percebi q o texto tinha muito + a ver comigo do q eu esperava.

sexta-feira, julho 01, 2005

Atitude é tudo.

Imaginem se o atacante de futebol ñ corresse atrás da bola, se ele só ficasse esperando os colegas colocarem a bola exatamente no seu pé, p/ só então fazer o gol. Com certeza ñ haveria o gol, ñ haveria comemoração e todos sairiam infelizes. Ou então, um rebatedor do beisebol ficar esperando o lançador arremessar a bola no seu taco, isso nunca iria acontecer.
Como ficaria os companheiros de sua equipe, cada um fazendo sua parte com todo o esforço possível e uma certa pessoa fica esperando as coisas acontecerem para depois tomar uma decisão.
Incertezas fazem parte da vida, se vc está c/ medo de tomar alguma decisão faça uma pesquisa, trace parâmetros, pergunte p/ quem entenda, mas faça algo. Talvez o seu companheiro de equipe tenha feito tanta coisa q ele ñ sabe + o que fazer. O centro-avante fez de tudo + ñ está conseguindo passar pelos zagueiros então o atacante terá que buscar a bola mesmo que isso ñ seja fácil.
Certa vez ouvi uma frase e desde então eu a levo comigo:

"Se os justos tivessem a iniciativa dos canalhas o mundo seria bem melhor."

Eu prefiro errar por ter tentado do q por ñ ter feito nada.