segunda-feira, junho 02, 2008


Escapa por entre os dedos, por entre os braços e abraços
Feito ar, vento, água em movimento
Etéreo momento imaginativo
Apenas em pensamento se desenrolando
O desenrolar de palavras e imagens soltas, sem propósito
Que a propósito não discuto
De propósito para não perder o encanto

“teu afeto me afetou é fato agora faça-me o favor”¹



Mas a natureza volátil da matéria da qual é feita a vida nos impede de realizarmos a vontade ancestral de prever ou controlar o destino. Se é desejo divino ou puro acaso não cabe a mim questionar. Posso apenas observar de longe a rosa a chorar, controlar as batidas do meu coração para que não entre em colapso e deixar minha lágrima rolar pelo rosto para que talvez a rosa não sinta um domingo tão frio como aquele. Como se fosse sina ou castigo por se apaixonar por uma rosa distante, viajante de asteróides literários, a mesma natureza imprevisível provocou uma disputa pelos meios de comunicação dizendo não a minha vontade de vê-la e a necessidade não suprida de aquecer meu coração tornou este final de semana mais frio. Apenas coloco uma blusa fingindo ser o ambiente quem congela minhas vontades.





¹ - música "A fé solúvel"

Um comentário:

[cirandinhas da raaa-fah] disse...

[viajante de asteróides literários]

talvez essa seja uma forma interessante de te definir meu querido Rafa.
ler o seu blog é um exercício profundo de inspiração.
beijo!

ps: agora faça-me o favor...

fiquei sabendo que o teatro mágico agora está com musicas novas...
se quiser, qd eu conseguir te passo algumas, dizem que ainda estão proibidas... querem fazer surpresa.. ohhh

beijo de nvo.