terça-feira, julho 26, 2005

Corpos

Título original: Inferno


"A expressão “nosso corpo nos pertence” tem sido uma das bandeiras centrais do movimento feminista desde os anos 1970. Ela expressa a vontade de autonomia das mulheres, de ter desejos e exercê-los sem o controle dos homens, de sua família, do Estado ou das instituições religiosas quetionando à imposição de padrões de beleza, de sexualidade e reprodução."¹

Título original: LO!Adolecente falando sobre sua cirurgia de implante d silicone: “meus pais não queriam deixar, mas o corpo é meu, não é deles”.¹

Quando eu li essa frase clássica, dita por muitos d nós antes d colocar um piercing ou d ficar horas em uma academia, me vem um pensamento na cabeça: Atualmente, será que nós temos uma real autonomia para decidir o que fazer com nosso corpo ou a única coisa que estamos decidindo é quem vai dominar meu corpo? Não quero pregar o individualismo, pois fazer o parceiro(a) feliz faz parte do relacionamento. A questão é, qual a motivação do parceiro para fazer você mudar (emagracer, pintar o cabelo, silicones, etc) e até que ponto posso mudar sem danificar minha essência. Conheço pessoas q seus piercings fazem parte da personalidade tanto quanto a forma d falar, por outro lado uma garota fez uma uma tatoo na perna p/ ficar parecida com determinada cantora e quando descobriu o q significava teve q gastar mais dinheiro p/ fazer outra por cima, q por sinal ficou ridícula.
Acredito q um dos grandes problemas é que quase todas as pessoas ñ sabem quem elas são, e acabam Título original: Edward´2assumindo certos personagens para serem aceitos com mais facilidade.
Quando penso em transformar-se em virtude d outra pessoa logo me vem a cabeça o momento da conquista. Nós nos transformamos para conquistar uma pessoa antes mesmo de saber quais os intereces do outro. Por vergonha de quem somos ou por medo de não conseguir. Nós procuramos nos encaixar nos padrões p/ sermos aceitos com mais facilidade, afinal d contas o q vendem é: ñ é nessessário pensar e o retorno é garantido.
Daí vem a grande sacada do mercado. Ele entra nesse espaço que deveria ser preenchido pela própria pessoa, quando descobrir quem é e o que outro(a) quer. Neste ponto o mercado descobriu uma mina de ouro, os adolecentes e a maioria dos jovens. Eles vendem padrões onde poucos se encaixam. Se muitas pessoas já estivessem dentro desses padrões não haveria pessoas para comprar os produtos. O que seria de toda a indústria dos emagrecedores, das academias se todas as pessoas fossem magras com glúteos e peitorais bem definidos. Não acredito q haja uma versão marqueteira do Dick Vigarista por tráz da criação d todos estes padrões, mas sim q o mercado se apoia em nossas fraquesas e medos.
Sem TítuloNão sabemos quem somos, somos inseguros para nos assumir ou temos medo de não conquistar a pessoa "perfeita" sendo quem somos. Nos transformamos para conquistar e quando o outro descobre quem realmente somos vem as decepções. Até q ponto eu, com 1,70 d altura preciso ter 45cm de braço ou lotar meu cabelo d gel fazendo uma onda graciosa em um topet estilo Ronaldinho, p/ os meus padrões isso seria o fim.

Conhecer a si mesmo e partir em direção ao conhecimento do outro é a grande aventura da vida.


O mercado tenta padronizar para ganhar dinheiro. Nos esquecendo que quem incentiva este mercado é o nosso medo de viver a vida.

Título original: O Beijo (segundo Rodin)
Obs: Não estou fazendo nenhuma apologia a obesidade. Pelo menos 20% p/ homens e 25% p/ mulheres de gordura corporal p/ manter a saúde.

1 - Miriam Nobre, "O direito das mulheres a seu corpo", site Rede Social.

Cliq nas fotos p/ ver os créditos e os contextos originais.

4 comentários:

Unknown disse...

Bem, é isso. Hoje nós não vivemos para nos mesmos, mas sim para os outros. Os dicidentes são discrimidnados. E eu te pergunto: vai piorar? Eu acho que sim...

Blue Woman disse...

Eu não consigo encontrar relação alguma com o corpo e felicidade. As pessoas dizem q depois de uma cirurgia plastica, por exemplo, ficaram mais felizes, mais determinadas e tal. Eu não entendo. Geralmente minha determinação vem do amor que sinto a minha volta, das pessoas que amo, minha familia, minha profissão enfim... Não quero que um silicone seja motivo de felicidade, isso é apenas sinônimo de fraqueza - na alma!

um beijo

Anônimo disse...

É a mais pura verdade. Confesso que muitas vezes já fui vítima de certos padrões apenas para ser aceita e eu me senti um peixe fora d'água... Como já foi dito, a tendência é piorar! Falta de personalidade é o mal do século! As pessoas não têm mais opinião e são sempre iguais umas a outras... Basta olhar o mundo à nossa volta. É triste, mas uma das coias mais bonitas está desaparecendo: a variedade.

Anônimo disse...

AAAAAh! Esqueci de agradecer a dica!!! Obrigaaaada!!! Beijao